Em 2007 fomos a cidade de Elvas, no Alentejo, e visitando o Museu de Arte Contemporânea de Elvas (MACE) cujo acervo que está lá pertence à coleção de António Cachola, numa das salas vi o candelabro gigante (candeeiro/lustre) da foto acima no meio de uma das salas. Achei o formato lindo e chegando bem de perto fiquei surpreendida com o material empregado que imitava mini lâmpadas: tampões de o.b.®! Chama-se "A Noiva".
E noutra sala vi o que parecia ser um varal (estendal) circular repleto de meias coloridas. De repente o tal varal começou a girar e a imagem daquelas cores todas girando ficava bem engraçado. A obra recebeu o nome de "Wash and Go".
As duas peças são da artista plástica portuguesa Joana Vasconcelos, cuja exposição de suas obras recentemente no Palácio de Versailles foi recordista de público em mais de 50 anos, com mais de 1,6 milhões de visitantes. A única peça vetada (censurada mesmo) da mostra em Paris foi “A Noiva”. De 23 de março até 25 de agosto deste ano, está acontecendo a maior mostra de suas obras, no Palácio Nacional da Ajuda, em Lisboa.
O inusitado de suas peças não é apenas a forma como também o material utilizado que pode ser encontrado facilmente em qualquer loja de chinês (loja do tipo 1,99): meias, colheres de plástico, linhas, espanadores de pó, baldes, panelas, ferros de passar (engomar), bichinhos de pelúcia (peluche), etc.
Na primavera de 2008 voltei a visitar a Torre de Belém e tinha lá pendurado uma espécie de colar feito com bóias náuticas. O nome é "A Jóia do Tejo". Adivinha quem fez aquilo?
Já em abril de 2010 Joana apresentou, no Museu Berardo do CCB, a exposição “Sem Rede”. A entrada para visitar o acervo deste museu, como já mencionei aqui, é gratuita.
Naquela exposição estava a sandália enorme da foto acima que tem algumas versões, e esta chama-se "Cinderela". O par delas está na exposição do Palácio da Ajuda e chama-se "Marilyn". Adivinhem do que é feita a escultura? Sim, minhas colegas de trabalho... são panelas (tachos) e tampas!
Uma das salas do CCB estava toda tomada por uma estrutura feita de quilômetros de tentáculos com dimensões exageradas feitos de vários tecidos interligados, bordados com lantejoulas, crochês, tricôs, toalhinhas “da vovó”, lãs multicoloridas, fuxicos, rendas, fitas, guizos, cetim… Chama-se "Contaminação".
O bom é que podíamos tocar para sentirmos a textura daquilo. Sério… se eu pudesse eu teria me jogado pra cima de uma delas, porque era tão macio!
Esta escultura presa à parede com a forma desta logomarca famosa, foi feita com azulejos e tênis. O nome é "Luso Nike".
Algumas peças tem uma apresentação que justifica o nome da obra, como é o caso acima, em que inúmeras imagens de diversos tamanhos de N.Srª de Fátima estão dentro de uma caminhonete. Seu nome é "www.fatimashop".
Numa outra sala havia uma instalação com três gigantescos trabalhos que representam o artesanato em filigrana portuguesa, em vermelho, dourado e preto. Giravam suspensos no teto ao som de Amália Rodrigues cantando "Gaivota". Os três chamam-se "Coração Independente". Ainda bem que eles estavam ao alcance dos nossos olhos, caso contrário não acreditaria que foram feitos com talheres plásticos retorcidos. Uma jóia!
É… com a Joana Vasconcelos as peças são muitas vezes em escala de Itu. Por exemplo esta estrutura em ferro que se encontra num jardim do CCB e é uma das muitas pertencentes a coleção de Joe Berardo. Seu nome é "Sr. Vinho".
Atualmente Joana prepara um navio, o cacilheiro Trafaria Praia, que será forrado com painéis de azulejo tendo com inspiração um que está no Museu Nacional do Azulejo que mostra Lisboa a partir do rio, antes do grande terremoto de 1755, e cuja foto já mostrei neste post aqui. O cacilheiro (ferry boat) servirá como pavilhão flutuante de Portugal na Bienal de Veneza que iniciará em 31 de maio próximo.
Fonte |
Quem estiver por Lisboa vale dar uma conferida no que esta artista genial cria e se surpreenderão. Então tomem nota:
Bilhete pago a partir dos 6 anos
De quinta a terça feira das 10h00 às 19h00, exceto sábados das 10h00 às 21h00
Tempo médio da visita à exposição: 1h30.
Calcem seus sapatos mais confortáveis e visitem com calma. Quem não puder deem uma olhada no excelente site de Joana Vasconcelos (de novo aqui) ou o da exposição (repetindo aqui).
De quinta a terça feira das 10h00 às 19h00, exceto sábados das 10h00 às 21h00
Tempo médio da visita à exposição: 1h30.
Calcem seus sapatos mais confortáveis e visitem com calma. Quem não puder deem uma olhada no excelente site de Joana Vasconcelos (de novo aqui) ou o da exposição (repetindo aqui).
Olá Luciene, boa tarde.
ResponderExcluirObrigada pelas dicas de aniversário que você deu no meu blog. Vc postou aqui as fotos do aniversario que vc fez do seu filho ? Adoraria ver pra me inspirar .
Quanto ao seu post :essa exposição tem tanta coisa linda!
É uma pena eu não poder ir .
Você acredita que eu, com quase 22 anos de idade, nunca fui a uma exposição, nem mesmo em museu? Triste né? rsrs
Quem sabe um dia...
beijos ;*
Nossa, que inusitado e lindo!!
ResponderExcluirDeve ser fascinante ver tudo isso ao vivo, uma sensação de desafio e alegria ao mesmo tempo.
Adorei.
Bjns
:)
Ah, esse final de semana vou estar no Porto. Por lá não tem?
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