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domingo, 14 de novembro de 2010

Mingalaba para a Terra Dourada!

Em 2002 foi com um certo temor que viajei para o sudoeste asiático. O Rui já conhecia a antiga Birmânia. Mas por toda a confusão política da época, embargos comerciais, guerrilhas em determinadas áreas, eu fiquei bem preocupada.

Em Cingapura ficamos três dias para pegarmos o visto para Mianmar e aguardar as nossas malas que estavam dando um rolê com a Air France.
A chegada no aeroporto da então capital birmanesa Yangon foi, digamos, interessante. O ônibus que nos levou do avião até o aeroporto tinha o assoalho com vista panorâmica para o asfalto. A frota era sucateada e espero tenha melhorado.

Poucas vezes em viagens me senti tão segura como nesse país. Pelo menos os guias se esforçaram bastante para nos deixar tranquilos.
Além de todo o circuito turístico que fizemos nesse país rico de boa gente e carente de quase todo o resto, senti constrangimento alheio e não perguntei a uma nossa guia o porquê de haver crianças trabalhando carregando blocos de granito, pavimentando algumas ruas. E isso se estendeu a uma fábrica de charutos na região de Inle Lake.

Vi também monges aos montes, quase como a quantidade de pagodes em Bagan. Vi um garoto com o cabelo cortado como o Ronaldo (aquele corte Cascão). Eu disse o nome do jogador e num instante todos os outros garotos sabiam de quem eu falava e repetiam. E falavam a escalação brasileira que ganhou o penta. O Cafú estava em alta!

Ontem, a ativista pelos direitos de seu povo e ganhadora de um prêmio Nobel da Paz,  Aung San Suu Kyi, foi finalmente libertada.



De lá veio quase uma centena de fotos, o tanaka (um pó amarelo de flores que mulheres e crianças usam no rosto para problemas de pele e serve de protetor solar), um longyi (saia transpassada que vai quase até o chão) e outros penduricalhos. Também trouxe um respeito enorme a um povo generoso.


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