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segunda-feira, 8 de novembro de 2010

“A Suprema Felicidade” e a encrenca.

Há um mês e pouco atrás assisti o finalzinho da entrevista do Arnaldo Jabor no Programa do Jô, pela Globo Internacional. Conversavam sobre a época em que se passa o mais recente filme do Jabor, "A Suprema Felicidade". Tempo em que ambos eram garotos.

Jabor diretor de cinema não conheço muito. Mas o colunista e conversador acho geniais.
Durante o bate-papo com Jô Soares, Arnaldo Jabor comenta como a antiga zona do Mangue do Rio de Janeiro está retratada no filme. Entre muitas, lá também viviam inúmeras "profissionais do sexo" importadas: as polacas, as "alemoas", as francesinhas, etc.


 



E o assunto acaba enveredado para a semântica de algumas palavras no nosso dicionário português brasileiro, introduzidas (oi?!) pelas moças estrangeiras da Zona. Muitos termos e palavras já estão tão transformados que nem imaginamos a origem.
A palavra "encrenca", que não se usa em Portugal, vem do alemão "ein kranke" que pode significar uma doença ou vítima. Explico: quando havia algum babado fortíssimo entre elas, ou clientes ou cafetão (outra palavra que as "meninas" trouxeram e que em Portugal não se usa) em que havia alguém ferido, logo as "alemoas" começavam a gritaria de "ein kranke" (um ferido).
Devia ser realmente uma encrenca danada naquela área a chegada da polícia para investigar a "ein kranke" ocorrida!
 

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