Ok! Blake Who? Pois é... Este senhor, diretor, roteirista e produtor, que faleceu ontem com 88 anos, me deu momentos de muita risada nas Sessões da Tarde e Corujões. Não o riso frouxo, mas o que me fazia refletir a crítica e o drama por traz das várias comédias dentre as suas inúmeras obras.
Das que gosto mais estão sem dúvida "Bonequinha de Luxo" (Breakfast At Tiffany´s), "A Corrida do Século" (The Great Race) e "Vitor ou Vitória?" (Victor/Victoria), este último brilhantemente com Julie Andrews.
Fonte: 10byteen |
Fonte: ClubeCine |
A disputa é o mote desse divertido longa, que mostra uma corrida de automóveis entre Nova Iorque e Paris, no início do século XX. Um dos primeiros e-mails que li hoje foi-me enviado por um querido amigo, Ricardo Domeneghetti (que ama Julie Andrews), mostrava várias notícias sobre Blake Edwards. Dentre estas, havia o que o meu conterrâneo e amigo do Ricardo, Rubens Ewald Filho, escreveu em seu blog. Diz ser "A Corrida do Século" uma homenagem à dupla "O Gordo e o Magro". Faz menção dessa delícia de filme pastelão que tem um elenco brilhante. Disse hoje ao Ricardo que não sei como foi o relacionamento durante a filmagem, mas a impressão é que foi um filme com pretexto de reunir amigos que se divertiram muito. E sim, o desenho de Hanna-Barbera "A Corrida Maluca" (Wacky Races) foi baseada em "A Corrida do Século".
Fonte: ViageMusical |
"Vitor ou Vitória?" é uma premiadíssima comédia que conta a estória de Victoria Grant (Julie Andrews), uma jovem soprano inglesa, desempregada, perambulando faminta na Paris de 1934, que por questão de sobrevivência, passa-se por um homem que faz shows travestido (o conde Victor Grazinski) para cantar nas casas noturnas da cidade, tendo como cúmpliceToddy (Robert Preston), homossexual, também cantor na noite parisiense (explorado e traído por um namorado mau-caráter), demitido após ter causado uma briga no bar onde trabalhava. É um filme que trata de maneira menos esteriotipada a questão homossexual do que a também deliciosa "A Gaiola das Loucas", se considerarmos que foi lançado no período Reagan (bem conservador) e quando começamos a ter as primeiras notícias, desencontradas e preconceituosas, sobre a Aids.
O que me consola é pensar que Blake Edwards deva já estar bem acompanhado, roteirizando alguma boa estória com um elenco espetacular, lá no andar de cima. Como por exemplo estes dois atores: George Peppard e Audrey Hepburn.
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